De norte a sul, a coxinha se reinventa em sabores e recheios que celebram a criatividade e a diversidade da cozinha brasileira

Segundo o guia gastronômico TasteAtlas, a coxinha é o aperitivo frito preferido dos brasileiros, ocupando o primeiro lugar no ranking.
O levantamento, feito a partir de avaliações de pessoas do mundo todo, considerou a versão mais popular (frango com Catupiry), mas, de norte a sul, o salgado ganha novos sabores e formatos. O resultado é uma diversidade que traduz a criatividade gastronômica brasileira.

SUDESTE
Em São Paulo, a clássica coxinha de frango com Catupiry é praticamente uma unanimidade em padarias, lanchonetes e festas, sendo a versão mais consumida da região Sudeste. O recheio combina frango desfiado com o queijo cremoso, criando um salgado que é símbolo da culinária paulistana.
No Rio de Janeiro, a inovação aparece na coxinha de feijoada, muito consumida nos botecos e inspirada no prato típico brasileiro, que provavelmente teve origem na cidade no século XIX. O quitute pode ser encontrado também em feiras e festivais gastronômicos, encantando moradores e visitantes com seu sabor tipicamente carioca.

CENTRO-OESTE
Em Goiás, a coxinha de frango com pequi se destaca pelo recheio que traz o sabor marcante do típico fruto goiano, muito apreciado na culinária regional. A carne-seca com abóbora, que combina sabores intensos e delicados, também recheia o salgado, encontrado em feiras de rua e estabelecimentos especializados.
Outra versão inusitada é a coxinha de churrasco, que já foi destaque em festivais gastronômicos de Cuiabá, oferecendo o sabor intenso de um dos pratos mais populares do país. Com massa crocante e recheio generoso, é servida com vinagrete para completar a experiência do churrasco cuiabano.
SUL
Um salgado criado por acaso na década de 1940, recheado com frango desfiado e farofa de milho, virou estrela de um evento anual realizado em Lapa, que fica a cerca de 62 km de Curitiba. A Festa da Coxinha de Farofa valoriza a gastronomia típica e celebra a iguaria que se tornou um atrativo turístico da cidade.
No Rio Grande do Sul, a coxinha de costelinha de porco ao molho, inspirada em receitas europeias e adaptada à paixão regional pela carne, conquistou adeptos. Em bares, festas e restaurantes, o salgado ganha o acompanhamento da cerveja, uma das bebidas mais consumidas na região.
NORTE
Em Manaus, a criatividade chegou à coxinha com a versão vegana de tucumã, conhecida em feiras e eventos e feita sem ingredientes de origem animal. O fruto típico da Amazônia substitui o frango no recheio, enquanto a massa de macaxeira mantém a textura macia e a crocância característica do salgado.
Já no Pará, a unha de caranguejo (também chamada de coxinha paraense) é uma iguaria típica de rua. A massa, que pode levar tucupi, envolve a carne desfiada do crustáceo e recebe uma patinha espetada na finalização, criando uma assinatura visual famosa nas barraquinhas da capital, Belém.

NORDESTE
Em Salvador, a coxinha de camarão é uma das estrelas das barracas de praia e dos botecos da cidade. O recheio suculento e bem temperado revela um dos sabores mais tradicionais da culinária baiana, aproveitando a abundância do fruto do mar.
Já em Recife, o destaque é a coxinha de carne de sol com queijo coalho, combinação do sabor marcante da carne nordestina com o laticínio tradicional da região.
Popular em feiras de comida de rua, a iguaria também pode ser encontrada em barracas e estabelecimentos especializados em salgados com sabores típicos do Nordeste.


















