Nas redes, golpistas criam páginas semelhantes às oficiais, enganam consumidores e ainda comprometem a credibilidade de empresas sérias. Saiba como se proteger
Com a popularização das redes sociais como canais de atendimento, criminosos estão se aproveitando da credibilidade conquistada por empresas sérias para enganar consumidores com o golpe do perfil falso.
Além de criar contas que imitam as marcas reais com nomes, fotos e postagens, os golpistas fingem vender produtos, oferecem promoções inexistentes e divulgam links que podem servir de isca para captura de dados pessoais e bancários.
Além do prejuízo financeiro causado aos seus clientes, as empresas podem ter sua reputação comprometida mesmo sem envolvimento direto. Isso acontece porque perfis falsos acabam gerando confusão e diminuindo a confiança dos clientes, que podem associar a fraude à marca verdadeira.
COMO OS GOLPISTAS AGEM ?
Criam perfis falsos de bares, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos reais.
Usam nomes e imagens semelhantes aos canais oficiais para parecerem legítimos.
Oferecem promoções, sorteios ou vouchers.
Induzem a vítima a fornecer dados pessoais.
Pedem transferências e pagamentos, principalmente via PIX.
Direcionam as vítimas para links falsos de pagamento e desviam os valores.
COMO SE PROTEGER ?
Solicitar o selo de verificação nas redes sociais.
Divulgar sempre os canais oficiais de comunicação.
Orientar clientes a nunca fornecer dados sensíveis, como os do cartão de crédito.
Monitorar perfis suspeitos.
Denunciar contas falsas às plataformas e, se necessário, às autoridades policiais.
FUI VÍTIMA DO GOLPE DO PERFIL FALSO, E AGORA?
Ao descobrir uma conta falsa, informe seus seguidores e clientes imediatamente.
Publique prints mostrando as diferenças entre o perfil falso e o oficial (nome, seguidores, postagens).
Crie posts, stories, envie WhatsApp, e-mail e outros canais para fazer o alerta.
Denuncie a conta falsa e oriente que seus seguidores façam o mesmo.
Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) presencialmente na delegacia ou on-line pelos sites oficiais da polícia.
Além do prejuízo financeiro causado aos
clientes, as empresas podem ter sua
reputação comprometida mesmo sem
envolvimento direto.
Caso real
A chef Geicy Galindo, da confeitaria Bendita Receita (Caruaru–PE), foi vítima do golpe do perfil falso no Instagram.
O alerta veio dos próprios seguidores, que começaram a enviar mensagens após identificarem a veiculação de anúncios patrocinados com suas imagens e até uma narração feita por inteligência artificial.
Segundo Geicy, os criminosos criaram um site falso, muito bem estruturado, que simulava a venda de seus cursos on-line sobre o famoso “morango do amor” e de produtos físicos. “Foram inúmeras pessoas que compraram acreditando ser algo oficial, mas não passava de um golpe”, relata.
O impacto gerou prejuízo financeiro, confusão entre clientes legítimos e até risco à reputação da marca, construída com anos de trabalho.
Assim que descobriu a fraude, Geicy comunicou seus seguidores pela página oficial, publicou alertas em diferentes canais e buscou apoio jurídico para registrar boletins de ocorrência.
A mobilização da comunidade ajudou a conter os danos, mas o episódio reforçou a gravidade e a sofisticação desse tipo de crime digital.
Conselho da chef a outros empreendedores: “É fundamental manter o perfil ativo nas redes sociais, ter uma comunicação transparente com o público e se resguardar juridicamente. Só assim conseguimos responder de forma rápida e reduzir o impacto desse tipo de golpe”.
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