APOIO E PARCERIA DA COMUNIDADE: ELA NÃO DESISTE!
AGOSTO / SETEMBRO 2021 EDIÇÃO 46
Liege Fuentes / Fotos: Fernando Mojo
Marlene Pereira da Silva, proprietária do restaurante que leva o seu nome
10Pegue um negócio endividado, coloque toda sua confiança, coragem e força de trabalho e o transforme num empreendimento que sustente a família e seja referência de qualidade e honestidade no seu bairro. Some apoio e parceria da comunidade nos momentos mais difíceis.
Em poucas palavras, esse é um resumo – quase na velocidade da luz – dos 31 anos da história de Marlene Pereira Silva, de 57 anos, à frente do restaurante que leva o seu nome, instalado no bairro de Parelheiros, zona sul de São Paulo.
Marlene assumiu o negócio em 1989, quando uma sociedade anterior se desfez e, na divisão, coube a ela o ponto fixo – onde funcionava o Cantinho do Caminhoneiro, que faliu – e uma dívida de R$ 100 mil em valores atuais. Com sete filhos para criar, ali ela enxergou que poderia cozinhar, abrir as portas para servir refeições e, então, pagar as dívidas e sustentar a família.
Foram quase 10 anos para liquidar toda a dívida inicial e mais de 15 outros anos crescendo, prosperando até chegar a dois pontos fixos na mesma região, servindo comida caseira no almoço, em forma de buffet/self-service.
As duas unidades do Restaurante da Marlene chegaram a servir mais de 250 refeições por dia, atendendo tanto à clientela do salão como às encomendas de marmitas que a tornaram, nos idos de 2005, a pioneira do delivery na comunidade. Em 2019, com a retração na economia, o ritmo dos negócios já dava sinais de alerta, com queda nas vendas. Na ponta do lápis, Marlene sabia que teria de fechar uma das unidades.
Marlene cuida da cozinha, da qualidade da comida e do treinamento dos funcionários
10“Tsunami” nos planos
Fechar um dos restaurantes era a estratégia da família para superar o momento. Aí veio a pandemia, em 2020, e tudo mudou ainda mais.
“Antes da pandemia, tínhamos dificuldades, mas encontrávamos mais saídas para passar por elas. Com o fechamento do comércio, tudo ficou muito mais difícil, com poucas saídas, dívidas e muita limitação.” Marlene.
A unidade menor foi desativada e os dois pontos colocados à venda. A saída foi buscar um terceiro ponto, maior, para comportar cozinha, espaço de entregas e atendimento de salão na pós-pandemia.
“Não conseguimos vender nenhuma das unidades, recorremos a um financiamento para reformar o novo ponto e começamos devendo o aluguel”, conta Kelly Pereira, uma das filhas, que administra o local e atua em todas as frentes na área de atendimento.
Apoio e parceria local
Para quem nunca pensou em fechar as portas e desistir do seu próprio negócio, em meio a tantas dificuldades, a solução veio em forma de confiança e apoio da comunidade.
“Foram anos de luta, de superação e muita parceria. Não conseguiríamos sozinhos. Sempre acreditamos que ia dar certo, tanto que investimos num novo lugar, não demitimos ninguém e tivemos a confiança da comunidade para prosseguir.” Marlene.
Marlene e os filhos dividem as tarefas e as responsabilidades no pequeno negócio da família
10Parcerias e rede de apoio
- Campanha de arrecadação: na compra de uma marmita, o cliente doava outra para a comunidade. Resultado: R$ 4 mil arrecadados para a manutenção do restaurante
- Engenheiro do bairro fez desconto e parcelou serviços das obras no novo local
- Compras de produtos para a cozinha, embalagens e material de construção em lojas do bairro, com mais prazo para pagar
- Pintor, grafiteiros e artesãos da região ofereceram serviços para finalizar o novo salão
- Marceneiro fez biombo com caixotes e balcão do bar com sobras de madeira
- Compra de sobremesas, verduras e legumes orgânicos de produtores locais
Via de mão dupla
- Clientes ainda consomem marmitas da campanha de doações
- Engenheiro fez carteira de serviços mostrando o trabalho que realizou na obra
- Marceneiro trocou serviços por refeições e visibilidade do seu trabalho no restaurante
- Serviços de artesãos, grafiteiros e pintor viraram “vitrine”, recomendados aos clientes
- Produtores de orgânicos ampliaram vendas de cestas para doação na comunidade
Dicas e Sugestões da Marlene
O que fazer:
- Faça cursos, informe-se, tenha conhecimento na área em que vai empreender
- Invista 1/3 apenas ou, no máximo, 50% do dinheiro que tiver para o negócio. Reserve uma parte para suportar de um a três anos até o retorno chegar: “O retorno não é rápido e demora formar clientela”
- Defina qual tipo de público você quer no seu negócio e trabalhe para atendê-lo
O que evitar:
- Não recorra a empréstimo para começar um negócio: “É muito difícil e arriscado gerenciar tudo isso no início”
- Goste do que faz; não escolha uma atividade só por dinheiro: “Você resolve bastante problema de forma mais leve quando gosta do que faz”
Conheça em: @restaurantedamarlenesp
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