Pelo fato de proporcionar uma atmosfera descontraída, música ao vivo pode ser uma boa estratégia para atrair e fidelizar clientes de bares e restaurantes. Além disso, contratar músicos ou bandas diferencia o estabelecimento da concorrência e ajuda a diversificar ou a segmentar o público-alvo.
Mas oferecer música ao vivo envolve cuidados e desafios. Da escolha dos gêneros musicais até a estruturação do espaço físico, cada detalhe influencia na percepção do cliente e no sucesso do empreendimento. Dessa forma, é indispensável conhecer e analisar os aspectos que envolvem uma experiência bem-sucedida.
POR QUE VALE A PENA?
Vibrante, acolhedora, intimista, agitada, alegre ou dançante, a música ao vivo transforma o ambiente. Nos estabelecimentos do setor de alimentação, isso contribui para fortalecer a relação com a clientela, principalmente quando o repertório e o estilo escolhidos estão alinhados com as expectativas do público.
Mais do que diferenciar o local da concorrência, a música é capaz de ditar o clima do almoço, do happy hour ou da noite. Em outras palavras, a partir da escolha, é possível segmentar a clientela de acordo com o ambiente desejado.
E mais: o estabelecimento pode aproveitar para enriquecer o cardápio, incluindo ou batizando itens que façam referência às músicas mais tocadas na casa.
Da escolha dos gêneros musicais até a estruturação do espaço físico, cada detalhe influencia na percepção do cliente
OS DESAFIOS DE COLOCAR MÚSICA AO VIVO NO ESTABELECIMENTO
Custos
Contratar artistas para se apresentarem no bar ou restaurante agrega receita, mas, por outro lado, acarreta custos extras. Além dos cachês dos músicos ou da banda, é preciso disponibilizar bons equipamentos de som e luz e, em alguns casos, um palco.
Para reduzir o impacto do investimento, o estabelecimento pode cobrar “couvert artístico”, taxa que serve para remunerar os artistas de forma parcial ou total.
ATENÇÃO: Há um fator que deve ser levado em conta – tentar economizar contratando músicos inexperientes é arriscado, já que eles podem não agradar à clientela. Invista em qualidade se quiser garantir a satisfação dos clientes.
Regulamentação
O empreendedor precisa estar atento, ainda, ao fato de que existem leis e regulamentações a serem seguidas. A primeira é o pagamento dos direitos autorais para o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que visita o local para determinar o valor da taxa.
IMPORTANTE: Estabelecimentos que não fazem o pagamento dos direitos autorais ficam sujeitos a multas, o que pode gerar prejuízo. Em outras palavras, é mais vantajoso procurar o Ecad para regularizar a situação.
“Lei do Silêncio”
Em todas as cidades, existem determinações para proteger a comunidade local, como as leis que controlam o barulho excessivo. Em temos gerais, a legislação estabelece limites de ruídos de acordo com a região, o horário e a atividade desenvolvida.
Vale ressaltar que não respeitar a chamada “Lei do Silêncio” pode provocar advertências, multas e até a interdição completa do espaço.
Contratos
Outro ponto essencial para se proteger de eventuais problemas é a formalização da relação entre a casa e os músicos por meio de um contrato escrito e assinado pelas partes. Se possível, contrate apenas profissionais formalizados como pessoa jurídica e procure um advogado para redigir o documento. Dessa forma, os aspectos legais da contratação ficam protegidos.