De acordo com um estudo da plataforma Cupom Válido, em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o terceiro país do mundo em consumo de carne bovina por pessoa, atrás apenas de Argentina e Estados Unidos.
Mas, por aqui, além do boi, outros tipos costumam ir à mesa, como frango, peixe e porco, também muito tradicionais, e as carnes exóticas.
Região Nordeste
A cozinha nordestina sofreu influências das culinárias portuguesa, indígena e africana, que deram origem a uma mistura que se transformou em uma comida típica diferenciada das outras regiões do país.
Segundo registros, a carne-seca, um dos destaques, alimentou a expedição portuguesa que descobriu o Brasil e foi incorporada à mesa nordestina ainda durante o período de colonização.
Mas, a depender da localidade, a carne-seca perde espaço para pratos que levam outras carnes, como moqueca de peixe, vatapá (camarão), sarapatel (porco), bucho de boi e buchada de bode. Na região Nordeste também são comuns os pratos com aves, como frango, galinha d’angola (capote) e avestruz.
Região Norte
A abundância de rios coloca os peixes de água doce entre as carnes mais consumidas na região. Tambaqui, pirarucu, tucunaré e pacu estão presentes em boa parte dos pratos, especialmente onde a pesca é uma atividade econômica e cultural importante.
Além disso, é impossível falar da culinária nortista sem mencionar iguarias típicas, como pato no tucupi, tacacá (que leva camarões secos) e maniçoba (com carnes de boi e de porco). Basicamente, a culinária da região Norte é influenciada pela dieta indígena, que prioriza o consumo de carnes de caça e peixes.
Região Centro-Oeste
Pacu, pintado e piranha são peixes amplamente consumidos no Centro-Oeste, com ênfase para o primeiro, presente em receitas como pacu assado e costelinha de pacu, tradicionais na região. Mas, para além das carnes de pescados, o Centro-Oeste se destaca pelo consumo de tipos exóticos, como jacaré, paca, javali, tatu e avestruz.
A tradicional galinhada com pequi e o empadão goiano, típicos do estado de Goiás, são feitos com carne de frango (ou galinha), e a carne-seca também aparece em diversos pratos, caso do caribéu pantaneiro e do arroz Maria Isabel, típicos do Mato Grosso do Sul. Destaque também para a vaca atolada, feita com costela bovina.
Região Sudeste
No Sudeste, o consumo de carne bovina é elevado. A iguaria aparece em diferentes pratos do dia a dia e é a estrela dos tradicionais churrascos, influência da cultura sulista.
Além da carne de boi, a região é consumidora assídua de carne de porco (na feijoada e no feijão-tropeiro, por exemplo), e também de aves, como frango, que aparece em receitas como frango com quiabo e até nas pizzas tradicionais da capital paulista.
A região, por ser muito populosa e fortemente influenciada pela culinária de outras regiões e outros países, também tem uma cultura gastronômica diversificada, com espaço para as carnes exóticas (capivara, cordeiro e rã, entre outras), para os peixes (de água salgada e de água doce) e para os frutos do mar.
Região Sul
Enquanto no Rio Grande do Sul o prato típico mais conhecido é o churrasco, basicamente feito com carne bovina fresca, a região também é uma grande consumidora de peixes e frutos do mar, sem falar da carne de sol, presente no arroz de carreteiro, uma das receitas que representam a região com maestria.
Em algumas localidades, devido à influência dos imigrantes alemães, pratos feitos com joelho de porco, leitão assado, salsichão e linguiça também entram para a lista dos mais tradicionais da região, onde também se consome bastante costela de porco, galeto e marreco. Frango, veado, javali e vitelo completam a lista das carnes apreciadas no sul do país.