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Como inovar no negócio e lucrar na quarentena

O empreendedor de alimentação deve desenvolver as habilidades de analisar o mercado e inovar, além de cuidar da higiene e segurança durante a quarentena

 

Na quarentena, passou-se a falar bastante sobre as mudanças nos hábitos de consumo como consequência da pandemia da Covid-19. Mas é igualmente importante falar sobre como deve ser a mudança de comportamento de quem tem um pequeno negócio de alimentação, além dos cuidados de higiene e segurança.

Nesse contexto, uma postura focada em inovação é essencial. Quem for capaz de analisar bem o mercado e identificar possibilidades de inovação sairá na frente. É preciso parar e analisar o que mudou por conta da pandemia e o que se pode oferecer de novidade. 

As crianças estão em casa por mais tempo, boa parte com aulas on-line. Se muitas recebiam lanches quando estavam na escola, agora é possível criar uma estratégia de delivery e oferecer combos de lanches da tarde, por exemplo. 

O home-office também apresenta oportunidades de negócios. Muitas pessoas que comiam fora e agora estão trabalhando em casa moram sozinhas. Grande parte delas não recorriam ao delivery com frequência, mas se viram forçadas a deixar de frequentar estabelecimentos físicos. 

Nesse cenário, oferecer vouchers de descontos para entrega de alimentos ou criar pacotes de assinatura de refeições são ações que estimulam o consumo. 

Vale ressaltar que antes da inovação vem a análise: é preciso analisar os hábitos dos clientes para saber o que mudou e o que terá mais demanda no pós-quarentena. Vários empreendimentos estão introduzindo opções mais saudáveis em seus cardápios após perceberem que, durante o isolamento social, as pessoas engordaram ao fazer o consumo de compensação, isto é, como viram seus recursos de lazer − viagens, por exemplo − sendo limitados, passaram a compensar com o consumo de outras coisas e, com isso, estão ficando menos saudáveis. 

Por outro lado, há estabelecimentos que perceberam que o crescimento da modalidade drive-thru não é apenas de curto prazo, e tende a se manter, e se adaptaram para oferecer o serviço.

 

DENTRO E FORA DE CASA 

A cultura do lazer em casa ganhou força, e os negócios precisam pensar em como fazer parte disso. É importante ir além do básico – posso fazer uma refeição e entregar, mas posso também criar um vídeo on-line ensinando uma receita tradicional do meu negócio, permitindo que as pessoas vivenciem uma experiência em casa. 

Muita gente aprendeu a ter lazer alimentício de outra forma e é preciso estar inserido nisso. Para estabelecimentos como restaurantes, bares e lanchonetes, vale pensar em pequenos ambientes seguros para encontros – um ambiente temático com quatro ou cinco mesas altas, no estilo “bistrô”, para duas pessoas, para ser um ponto de encontro de um casal ou dois amigos ou familiares, por exemplo. 

Um espaço como esse, comportando até dez pessoas de forma espaçada, está alinhado aos decretos regionais e pode ser um ponto de encontro seguro dentro das normas de saúde estabelecidas. 

Ainda pensando sobre o layout do estabelecimento, hoje são comuns os projetos “bumerangue”, que fazem com que o consumidor ande até o fundo e volte para pagar na ponta. A partir de agora, deve-se optar pelo espaço que evite esse “vai e vem”, com um layout mais inteligente. 

Ao pensar em médio prazo, quando a pandemia já tiver sido superada, outra dica é apostar em ambientes que façam com que o cliente permaneça mais tempo no local como, por exemplo, oferecendo entretenimentos para as crianças. Há aqueles lugares que são “bate-volta”, ou seja, a pessoa come e vai embora. Quanto a estabelecimentos assim, pode ser que mais pessoas prefiram pedir comida por delivery. Se antes se optava por consumir no restaurante do bairro, agora, com a explosão do delivery, pode-se pedir comida do outro lado da cidade.

Trazer inovação e modernidade à operação de qualquer estabelecimento de alimentação é mais essencial do que nunca - enxugar o cardápio, tornando-o mais objetivo de acordo com os produtos de maior venda; substituir o menu físico pelo digital (com acesso por um link ou QR Code, por exemplo); ou colocar o cardápio exposto, sem a necessidade de tocá-lo, são ações básicas. O que importa, de verdade, é o “algo a mais” que será feito a partir da avaliação das opções, dos recursos disponíveis e, principalmente, de um olhar mais inovador. 

 

Mariana Carvalho Garcia de Souza, consultora do Sebrae Paraná.

 

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