A nova geração está apostando no próprio negócio e encontra no setor de alimentação um caminho de oportunidades
Os números confirmam: montar um negócio tem sido uma escolha cada vez mais comum entre os jovens brasileiros. Segundo levantamento feito pelo Sebrae com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o empreendedorismo jovem, ou seja, o número de empreendedores com idade entre 18 e 29 anos, cresceu 25% entre 2012 e 2024.
Atualmente, o setor de alimentação emprega 4,79 milhões de pessoas, representando um segmento que serve como porta de entrada para o mercado de trabalho – e, para muitos, como um trampolim para empreender.
Pequenos negócios, muitas vezes, exigem pouco investimento e podem começar de casa, fatores que chamam atenção de quem deseja dar os primeiros passos.
POR QUE ELES SE DESTACAM?
Em um cenário no qual a conexão com o público vai muito além do atendimento presencial, ter familiaridade natural com a tecnologia e estar em sintonia com os valores do consumidor atual são diferenciais importantes.
Presença digital
Os jovens dominam o ambiente digital, afinal, eles crescem conectados. Por isso, saem na frente quando o assunto é transformar ferramentas digitais em aliadas do negócio para fortalecer a marca, engajar e, claro, vender.
Conectados com o presente
A geração atual entende que propósito e autenticidade importam e aplica isso em seus negócios, posicionando-se com clareza e oferecendo experiências personalizadas. Assim, a chance de conquistar e fidelizar clientes é maior.
O número de empreendedores com idade entre 18 e 29 anos cresceu 25% entre 2012 e 2024, segundo o Sebrae.
O QUE ESTÁ EM ALTA?
Estar atento às tendências alinhadas aos novos hábitos de consumo pode ser uma estratégia eficaz para conquistar os consumidores atuais.
Comida de verdade: cada vez mais pessoas buscam opções saudáveis, naturais e menos processadas.
Sustentabilidade: embalagens sustentáveis e fornecedores locais podem influenciar na decisão de compra.
Personalização: opções personalizadas e produtos para pessoas com restrições estão ganhando espaço.
Digitalização: cardápio on-line, pagamento por link, atendimento por chat e conteúdo nas redes facilitam a escolha.
Formatos modernos com sabor e atitude
O setor de alimentação é uma opção para quem está começando a empreender, porque oferece muitas possibilidades: é possível começar na cozinha de casa, vender no próprio bairro, na faculdade, testar ideias e usar as redes sociais como ferramenta de marketing e até para fazer vendas diretas.
Veja algumas tendências:
Dark kitchens 100% digitais
Cozinhas que operam apenas para entrega e usam plataformas como redes sociais, marketplaces e apps de entrega como únicas ferramentas para realizar o atendimento aos clientes e finalizar as vendas.
Comida saudável e sustentável
Marmitas, bowls, sucos, lanches e outros produtos que usam ingredientes locais e sazonais, aproveitamento integral dos alimentos e opções inclusivas (como itens veganos, sem glúten, zero adição de açúcares etc.).
Gastronomia afetiva e artesanal
Produtos que podem ser feitos em pequena escala e que têm apelo emocional: bolos e doces caseiros, conservas, compotas, caldos, pratos com um toque de “comida de mãe”, pães de queijo e tortas tradicionais.
Personalização de experiências
No estilo “monte o seu”, lanches, sopas, bowls, massas, tapioca, omeletes, açaí, cafés especiais e pizzas são alguns exemplos de produtos que podem ser personalizados pelo cliente a partir de cardápios adaptáveis.
Negócios híbridos: comida + conteúdo
Empreendedores que cozinham, ensinam e produzem conteúdo nas redes sociais, compartilhando receitas, bastidores de criação, dicas, estilo de vida. Isso gera comunidade, engajamento e fidelização.