Primeira empreendedora com Síndrome de Down a se formalizar no Brasil abre negócio inclusivo em São Paulo
Além da proprietária, toda a equipe de um café paulistano é formada apenas por pessoas com Síndrome de Down. Conheça essa história!
Eu sempre gostei de cozinhar. Desde pequena ajudava a minha mãe na cozinha. Como não podia mexer no fogão, eu preparava as saladas, fazia o suco e arrumava a mesa – eram minhas tarefas nos finais de semana. Mas, antes de minha família reconhecer minhas habilidades para a gastronomia, fui incentivada a fazer diversos cursos. Era uma forma de me dar autonomia e ajudar a descobrir a minha vocação.
Antes de me tornar chef de cozinha, fiz aulas de fotografia, massagem, cabeleireiro e teatro. Durante o curso de cabeleireiro, cheguei a estagiar em uma grande rede de salões de beleza, mas não era isso o que eu queria fazer. Também tive uma experiência como atendente de farmácia, porém, ainda não havia me encontrado profissionalmente.
A minha paixão pela cozinha me levou a fazer diversos cursos de culinária. Dentre eles, frequentei as aulas do Instituto Chefs Especiais, um projeto que ensina gastronomia para pessoas com Síndrome de Down, e conheci grandes chefs, como Henrique Fogaça e Claude Troisgros. Foi durante esse curso que eu aprendi a receita do nhoque de mandioquinha, um dos pratos mais especiais da cafeteria.