A nutrição emocional é extremamente necessária na infância, quando as crianças estão formando as emoções e os sentimentos que levarão ao longo da vida
Como está a nutrição emocional dos seus filhos, sobrinhos ou crianças à sua volta?
Em tempos de isolamento social e pandemia, sem escola e amigos para brincar, muitas vezes, sem notar, os adultos podem acabar deixando a criança de lado, sem oferecer o que ela precisa emocionalmente, que é a atenção, o carinho e a comunicação afetiva. E isso pode interferir muito no comportamento até a vida adulta.
Para a psicóloga clínica, especialista em Psicologia Hospitalar e da Saúde, e mestre em Ensino nas Ciências da Saúde, Araiê Prado Berger, a nutrição emocional está diretamente correlacionada ao vínculo adquirido − inicialmente entre o cuidador principal e o bebê, logo após o nascimento, e, posteriormente, com terceiros (pais, avós etc.).
“Quando o bebê sente fome, cólica, chora e balbucia, a resposta cria marcas no desenvolvimento de sua memória que podem ser de afeto seguro, de excessiva necessidade de afeto, de dificuldade em estabelecer vínculos significativos ou ainda desorganizados, e essas características adquiridas na infância têm reflexos diretos em seus relacionamentos na vida adulta”, explica a psicóloga.