
O serviço de entrega em domicílio, feito por motoboy ou bikeboy, cresce exponencialmente no Brasil com a evolução do sistema delivery.
Bares, restaurantes e lanchonetes estão entre os principais negócios que contratam profissionais nessa área para atender à forte alta de pedidos de alimentação para consumo em casa.
Nesse cenário, a equação horas de trabalho versus custos e renda é determinante no negócio, tanto para o empreendedor como para o entregador.
O pequeno empreendedor precisa dessa parceria para operar, com qualidade, a entrega das vendas. E deve priorizar o equilíbrio e os cuidados com quem realiza a entrega – um elo importante no atendimento ao cliente.
O entregador, por sua vez, tem nessa atividade sua fonte de renda, atrelada, em geral, ao volume de entregas. E nela está, mais do que nunca, exposto a riscos e custos com manutenção e saúde.
O QUE FAZER PARA MINIMIZAR RISCOS?
Simular prazos de produção e tempo de deslocamento e entrega em diferentes regiões da cidade antes de definir o cronograma ideal.

FUNCIONÁRIO OU AUTÔNOMO
Para Alessandra Almeida, consultora do Sebrae-PR , é essencial selecionar com cuidado os entregadores e definir se serão contratados de forma direta (com registro formal em carteira) ou via empresa especializada, cooperativas ou autônomos. “É primordial que o profissional atue com segurança no trânsito e que exista sempre um alinhamento entre a empresa e o funcionário ou prestador de serviço, já que esse entregador estará representando a imagem do seu negócio para o cliente”, observa.
EXAUSTIVO
“Uma pessoa que fica seis ou oito horas sobre uma moto está mais exposta a riscos de acidentes. A atenção ao longo de uma extensa jornada fica prejudicada e a fadiga impactará diretamente na sua segurança, afetando o comportamento desse profissional em razão do desgaste físico e mental sofrido”, alerta Caçan Jurê Cordeiro Silvanio, Coordenador de Planejamento da Escola Pública de Trânsito de Curitiba (EPTran).
REQUISITOS
BIKEBOY
Ainda sem regulamentação específica para a atividade, o bikeboy deve seguir o que a legislação prevê para ciclistas:
Usar equipamentos obrigatórios: Sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais; retrovisor no lado esquerdo; capacete;
Informar-se na prefeitura sobre regulamentação local para a atividade.
MOTOBOY
Para exercer a atividade, o profissional deve seguir a Resolução 356 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN):
Ter mais de 21 anos;
Ser habilitado para atuar com motofrete;
Ter CNH na categoria A no mínimo há dois anos;
Ter formação* especializada e certificada na atividade;
Ter veículo (moto) com documentação regularizada, incluindo: placa vermelha de atividade comercial; alterar categoria de particular para aluguel; alterar espécie de passageiro para carga;
Usar equipamentos obrigatórios: colete refletivo; protetor de pernas; antena corta-pipas; baú com identificação e faixa refletiva.
* A preparação deve ser feita em um Centro de Formação de Condutores (CFC) e, entre taxas e o valor do curso, o total investido será perto de R$ 1 mil reais