CEIA DE NATAL BRASILEIRA: SABORES E REGIONALIDADES

É nesta época do ano, de norte a sul do país, que as ceias de Natal brasileiras mostram seus diferentes sabores e tradições.

Na hora de elaborar o cardápio de Natal, o brasileiro se divide entre pratos tradicionais e opções de influência estrangeira. Há tanto a presença de aves, porco, peixes e frutas nacionais como variações inspiradas em costumes de outras nações.

Assim, pode-se observar nas ceias de Natal brasileiras: frango, peru, tender, lombo, bacalhau, pirarucu, panetone, rabanada, como também castanhas, tapioca, açaí e cupuaçu.

O peru pode até ser um símbolo na ceia de Natal, mas o prato mais popular de norte a sul do país é a infalível farofa, acompanhamento presente em 100% das mesas! Cada pedacinho do Brasil tem ingredientes que tornam tudo mais colorido, saboroso e acessível.

Conheça ingredientes e tradições das ceias de Natal brasileiras que podem inspirar seu Natal em 2021

REGIÃO SUL

A culinária aqui tem forte influência europeia. Aves, como o peru, e porco são tradição, mas a carne de cordeiro também entra no cardápio. A preferência por proteínas ainda inclui o tender ou o lombo com abacaxi. E no almoço do dia 25, churrasco e arroz carreteiro voltam às mesas.

Arroz-doce, pêssego em calda, pavê de frutas, gelatina colorida e sagu de vinho são clássicos na sobremesa, numa mesa enfeitada com pão de mel decorado.

SUDESTE

O bacalhau é um dos protagonistas, mas também predominam peru e chester nas preferências. A carne de porco pode aparecer no lombo recheado e coberto de frutas ou no leitão à pururuca.

Entram fios de ovos nos acompanhamentos e arroz incrementado com passas, nozes e castanhas. Entre os doces, o delicado pudim de leite e as compotas não ficam de fora.

CENTRO-OESTE

No Brasil central, há frango caipira e peru. O frango ainda entra na receita da tradicional torta salgada, conhecida como empadão goiano. Outra presença forte na região é o pequi, fruto típico do Cerrado que perfuma as preparações e é muito utilizado cozido com arroz.

Para a sobremesa, sorvetes levemente ácidos com frutas regionais, como graviola, cajá e gabiroba, estão entre os destaques.

NORTE

A fartura de peixes amazônicos rivaliza com o tradicional peru de Natal por aqui. Pirarucu e tambaqui estão entre as principais opções, com farinha de Uarini no preparo e banana pacovã. A mesa também tem outro item essencial - a paçoca salgada, feita com carne de sol desfiada e farinha de mandioca amarela típica da região.

O açaí vai tanto com a farofa salgada como em doces, além de itens como pudim de tapioca e doce de banana como sobremesas.

NORDESTE

Entre as carnes, o pernil de bode assado ganha espaço e é servido com mel, melaço ou calda de rapadura no lugar do abacaxi. As combinações de cuscuz, manteiga de garrafa, bolo de rolo com queijo do reino também são presenças legítimas nas ceias natalinas.

Com mel ou melaço é servido o queijo coalho, grelhado, infalível em toda a região. A carne de sol é outro item essencial. Para finalizar, entram cocada, ambrosia e mousses, como o de cupuaçu, e a fatia do céu – nome dado à rabanada na região.

O peru pode até ser um símbolo da época, mas o prato mais popular nas ceias de Natal brasileiras é a infalível farofa, acompanhamento presente em 100% das mesas!

VOCÊ SABIA?

O hábito de comer peru começou em 1621, na América do Norte, para comemorar o Dia de Ação de Graças – data mais celebrada que o Natal por lá. A ave representa fartura e, por isso, se transformou em símbolo de boa colheita. No Brasil, foi no século 19, junto com os imigrantes, que o peru iniciou sua jornada rumo às mesas nas ceias de Natal, ganhando espaço a partir da década de 1970.

O Chester é uma marca registrada e não uma espécie. A ave tem origem em uma linhagem de frango trazida da Escócia para o Brasil em 1980. Em 1982, tornou-se alternativa ao peru de Natal, como carne macia e úmida. Seu tempo de criação é maior, cerca de 50 dias - 20 dias a mais do que o frango –, e a alimentação favorece a produção de uma ave com menos gordura.