Especializado em festas
06/10/2015 - 15h
De acordo com a pesquisa Dimensionamento econômico da indústria de eventos do Brasil, realizada pela ABEOC e pelo Sebrae com 2,7 mil empresas que exploram o nicho, o setor movimentou R$209,2 bilhões em 2013, o equivalente a 4,32% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O levantamento mostra que a receita das empresas organizadoras de eventos aumentou 18 vezes em comparação a 2001.
O estudo estima que existem, no Brasil, mais de 60 mil empresas de organização de eventos – desde os de grande porte, como feiras e exposições, até os menores, como cafés da manhã de empresas, lançamentos de produtos e happy hours. Ana Cláudia Bittencourt, presidente nacional da ABEOC, afirma que a maioria dos empreendedores é composta por pequenos que operam equipes reduzidas, locando serviços e mão de obra de terceiros para atender a clientela.
Ana Cláudia constata que o maior volume de pedidos vem da área social, com solicitações para comemorações de aniversários (casamento, 15 anos, open house), além de chás diversos (de bebê, panela, lingerie, etc.). As empresas têm sido chamadas para organizar festas juninas e até buffets em funerais, demanda que não existia antes.
Todos esses eventos, segundo Ana Cláudia, exigem cardápios especiais, decorações, ambientações e temas personalizados. Exemplo disso são as novas festas de casamentos temáticas em praias, montanhas e no campo, que pedem produções de impacto. “As pessoas estão buscando serviços com qualidade, criatividade e inovação”, constata a presidente da ABEOC.
Festas personalizadas
Empreendedor do ramo gastronômico há mais de trinta anos, Elias Pereira se tornou um mestre na arte de promover eventos personalizados. Sua empresa, a Petit Comité, localizada na região do ABC paulista, presta serviços de buffet para empresas e pequenos grupos, oferecendo de brunches a jantares sofisticados.
“Cuidamos de todos os detalhes da festa: cardápio diferenciado, decoração de ambientes, convites e lembrancinhas especiais”, conta Pereira, que já trabalhou em grandes empresas de buffet e restaurantes. Ele decidiu aproveitar a experiência adquirida no setor para investir em um negócio próprio, com estrutura enxuta. Sua empresa funciona com apenas cinco funcionários, já que pode acessar serviços de terceiros para atender os pedidos.