Empreendedorismo cresce no Brasil, mas inovação ainda é baixa
28/07/2015 - 13h
Com 45 milhões de empreendedores, a taxa de empreendedorismo geral no Brasil chega a 34% e coloca o país como o terceiro do mundo no ranking de empreendedores. É a maior taxa já registrada.
Outro índice positivo do setor, de acordo com dados revelados pelo Sebrae, a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostra que a cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios e não pela necessidade. De acordo com Luiz Barreto, presidente nacional do Sebrae, esse é o melhor índice já registrado desde o início da pesquisa, há 12 anos. “Em 2002, apenas 42% das pessoas abria uma empresa por identificar demanda no mercado, enquanto as demais tinham o empreendedorismo como única opção, por não encontrar alternativas no mercado de trabalho”, analisa.
Apesar de o país ter melhorado seus indicadores gerais de empreendedorismo, o Brasil ainda amarga a última posição no quesito inovação em um ranking que analisou 44 países. Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o levantamento mostra que apenas 6% dos empreendedores brasileiros estão investindo para oferecer inovação em produtos ou serviços, atrás de nações como Argentina (29%), México (22%) e Uganda (12%). Fatores como a burocracia, a falta de mão de obra qualificada e elevados tributos e custos de produção foram apontados como algumas das principais dificuldades, segundo os empresários brasileiros. No topo da lista dos países mais inovadores estão Chile (54,6%), Dinamarca (46%), África do Sul (40%) e Colômbia, com um porcentual de 38,2%.
No mesmo quesito, considerando dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor de 2014, nota-se que das empresas estabelecidas no país há mais de 3,5 anos, apenas 1,4% considera oferecer produtos inovadores