Cervejas artesanais viram opção de negócio no Brasil
18/09/2017 - 09h
Saiba como investir em cervejas artesanais!
Não é novidade que o brasileiro é um dos maiores apreciadores de cervejas do mundo. A bebida tem espaço cativo no “coração” e na geladeira de todos os perfis de consumidores. Tamanha paixão abre espaço para a produção de rótulos variados e as cervejas artesanais são uma dessas versões. O produto ganha cada vez mais adeptos no país, o que tem feito crescer o número de microcervejarias.
O último levantamento realizado pela Escola Superior de Cerveja e Malte apontou que o número de fabricantes em terras nacionais aumentou 39,6% em 2016. Até dezembro do ano passado, havia 148 empresas, Essas, produziram 13,8 bilhões de litros de 9.314 rótulos diferentes. Os dados comprovam que o mercado artesanal já representa próximo de 1% do total da bebida produzida em solo brasileiro. Geograficamente, as 90% das pequenas cervejarias estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste.
Segundo Carlo Bressiani, diretor da instituição, “o mercado de cervejas artesanais no Brasil, hoje, continua em crescimento, mesmo em um ritmo pouco menor do que nos anos anteriores. Cada vez mais, as pessoas consumirão produtos especiais que tenham alguma característica regional e isso é uma tendência muito forte. Outro ponto importante é que a cerveja artesanal está na moda”.
Em linhas gerais, o mercado cervejeiro, como um todo, cresce cada vez mais. Segundo a CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), o setor é um dos mais relevantes da economia brasileira, com um investimento próximo aos R$ 20 bilhões entre 2011 e 2014. Do mesmo modo, o crescimento anual do mercado de cervejas artesanais no Brasil já atinge entre 30% e 40%. Os consumidores, em sua maioria, são homens entre 25 e 31 anos, que realizam as compras em bares, adegas ou empórios especializados ou, ainda, em supermercados.
Quer ser um cervejeiro?
Para aqueles que desejam faturar nesse mercado, o primeiro passo é estudar o setor. O segundo é entender o que as pessoas de sua região buscam. “Podemos utilizar como exemplo a abertura de uma cervejaria em Blumenau, que tem uma cultura cervejeira bem desenvolvida. O local, muito provavelmente, vai lotar de pessoas querendo conhecê-lo e prestigiá-lo. Já a abertura de uma cervejaria no Pará vai precisar de toda uma apresentação para o público sobre o que é uma cerveja especial”, alerta Bressiani, da Escola Superior de Cerveja e Malte.
Esse mercado é promissor, pois propõe inovação constante com novos sabores, estilos e aparência dos rótulos, diferentemente do mercado tradicional e massificado. Com isso, atende à necessidade de consumidores “descolados” e ávidos por novidades. “O movimento das cervejas artesanais está associado a tudo de novo que as pessoas buscam: ética, estilo de vida, proximidade, responsabilidade com as localidades e geração de relacionamento, sendo que as microcervejarias têm reputação, e não imagem”, analisa Ronaldo Pinto Flor, sócio-proprietário da Gauden Bier.
No Brasil, os estilos encontrados já representam as consideradas quatro escolas cervejeiras do mundo: Alemã, Belga, Inglesa e Americana. Atualmente, há uma crescente demanda das American IPA, sendo que apenas um ou outro rótulo mais específico ainda não é fabricado no Brasil.
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