Personalidade é uma palavra que define bem o Marrocos. O país, que fica no norte da África, tem uma cultura vibrante e belezas naturais impressionantes, além de belas mesquitas e grandiosos palácios.
Na gastronomia, influenciado pelas cozinhas sul-africana, espanhola, portuguesa, francesa, árabe e berbere, o país é feito de uma mistura colorida, aromática e muito saborosa.
CURIOSIDADES E TRADIÇÕES À MESA
No Marrocos, país majoritariamente muçulmano, existe um controle intenso em relação ao consumo de álcool. Beber não é proibido, mas isso só pode ser feito em locais determinados: hotéis, bares e restaurantes licenciados.
Também por causa das restrições religiosas, os marroquinos não comem carne de porco. Cordeiro, frango, vaca e peru são as carnes mais consumidas no país. Também é possível encontrar bons pratos à base de frutos do mar e de coelho.
Comer com as mãos é um hábito muito comum no Marrocos. Mas isso deve ser feito com a mão direita, já que a esquerda é considerada “suja”. Além disso, muitos marroquinos usam o pão como utensílio para ajudar a pegar a comida.
Chá de hortelã - Presente em praticamente todas as refeições marroquinas, ele é preparado com bastante açúcar. Recusar uma xícara da bebida pode ser visto como desfeita indesculpável.
PRINCIPAIS PRATOS TÍPICOS
CUSCUZ - Formado por pequenas bolinhas de sêmola de trigo cozidas a vapor, que acompanham diferentes receitas, o cuscuz é um dos pratos mais conhecidos da cozinha marroquina – inclusive, tem fama internacional. Normalmente, acompanha carne ou peixe e legumes como cenoura, pimentões, abóbora e nabo.
TAGINE – É o nome do prato e também da cerâmica em que ele é feito. Aromática, essa iguaria tipicamente marroquina é cozida lentamente a baixas temperaturas. É uma espécie de ensopado de carne (frango ou cordeiro), mas é possível encontrar opções vegetarianas.
HARIRA – A sopa de legumes e carne amplamente consumida no período do Ramadã, na quebra do jejum. Mas a harira também pode ser encontrada nos restaurantes marroquinos em outras épocas. Basicamente, é uma sopa que leva carne, grão-de-bico, lentilha, tomate e especiarias. É servida com tâmara e pão.
Doces
Tradicionalmente saborosos e bonitos, os doces são um capítulo à parte na mesa marroquina. Frutas e castanhas estão presentes em muitas receitas, com destaque para figos, tâmaras, amêndoas e nozes. Além disso, muitas sobremesas levam mel e gergelim.
M’hanncha – Também conhecido como “bolo de cobra”, é feito com uma massa tradicional da cozinha marroquina e recheado com creme de amêndoas.
Ghoriba – Biscoito feito de farinha,açúcar e manteiga. Pode levar ainda
amêndoas e gergelim torrado, sendo perfeito para acompanhar uma xícara de chá.
Amlou – Amêndoas, mel e óleo de argan. Esses são os ingredientes usados para o preparo da iguaria doce que lembra o famoso creme de avelã que consumimos aqui.
Chebakia- Delicada e complicada, a chebakia é uma sobremesa crocante com formato de flor. Seu preparo exige dedicação, por isso, é considerada uma receita muito especial.
NO MARROCOS TAMBÉM TEM VINHO
Embora o consumo de bebidas alcoólicas seja restrito no Marrocos, curiosamente, o país é o segundo em produção de vinhos no mundo árabe, atrás apenas da Argélia. O que explica isso é o fato de que bebidas alcoólicas não podem ser vendidas ou consumidas em qualquer lugar, mas não é proibido produzi-las.
Hoje, boa parte da produção é consumida localmente, mas há uma parcela de bons rótulos que é exportada para outros países, especialmente os europeus. A estimativa é de que, por ano, o Marrocos produza 40 milhões de garrafas.
A história do vinho no Marrocos remonta a mais de 2.500 anos atrás, época dos fenícios. Mas foi a partir do século 15 que a vinicultura começou a se desenvolver no país, reforçada posteriormente pela colonização francesa na virada do século 19 para o século 20.
O vinho tinto é predominante, representando 70% da produção total. Apenas 3% das garrafas são de vinho branco
Cuscuz sem erro
O cuscuz marroquino é versátil e pode ser preparado de diversas formas. Basicamente, a massa de semolina precisa ser hidratada com água fervente ou caldo na proporção de uma xícara de cuscuz para 1 ½ de líquido. Confira estas dicas para fazer o cuscuz perfeito:
Na hora de hidratar, é preciso garantir que a proporção de água ou caldo esteja correta. Caso contrário, não vai dar certo. Se tiver muita água, a massa vai ficar grudenta.
Para adicionar sabor ao preparo, use caldo caseiro (de legumes ou frango, por exemplo), ervas ou especiarias adicionadas à água.
Para soltar os grãos depois de hidratá-los, use um garfo como se fosse um rastelo. Evite utilizar colher ou outro utensílio que possa amassar os grãos.
Não guarde o cuscuz hidratado quente na geladeira, certifique-se de que ele esteja frio antes de refrigerar. Se estiver quente, vai acabar ficando grudento.
Como o preparo é simples, no entanto, o ideal é fazer a quantidade que vai ser consumida no mesmo dia. Fica mais saboroso e com a textura perfeita.