Desde que foi criado em 2020, o Pix vem crescendo em popularidade no cenário brasileiro, como forma de pagamento para os mais diversos tipos de transações, e tem sido a principal escolha de milhões de usuários pela praticidade e pela rapidez que oferece.
No entanto, o uso constante do sistema de transferência instantânea do Banco Central também atrai a atenção de bandidos, que são cada vez mais criativos e estão sempre buscando formas de aplicar novos golpes do Pix.
Recentemente, novas táticas de desvio de dinheiro surgiram, colocando em risco milhares de transações financeiras e causando prejuízos a empreendedores e consumidores.
Uma delas, apelidada de “Mão Fantasma”, fez mais de 6 mil vítimas no Brasil entre janeiro e novembro de 2023, segundo a empresa de segurança digital Kaspersky. Diante desse cenário, é importante que os usuários fiquem atentos para se resguardarem contra fraudes, adotando medidas de proteção.
MÃO FANTASMAResumidamente, o golpe da “Mão Fantasma” ocorre no sistema Android e começa com a instalação de um vírus no celular da vítima por meio de um app falso de jogo. |
Para motivar os usuários a baixarem o aplicativo, os bandidos oferecem premiações fictícias. Uma vez instalado o vírus e depois de concedida a permissão de acessibilidade (comum em aparelhos Android), os golpistas têm acesso ao celular.
Com isso, na hora em que o usuário faz o Pix, o vírus bloqueia a tela e, enquanto o titular aguarda, o destinatário da transferência é modificado. Tudo é feito rapidamente e, por isso, não levanta suspeitas.
Quando a tela é desbloqueada para inserção de senha, a troca já foi feita. Para se proteger, a dica é baixar aplicativos somente da loja oficial, que já vem instalada no smartphone.
FALSO DESCONTO PARA MEIsO alerta deste outro golpe do Pix foi emitido pela própria Receita Federal, que identificou divergências nos recebimentos dos Documentos de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) por parte dos microempreendedores individuais (MEI). |
Nesse caso, os golpistas agem enviando mensagens fraudulentas pelo WhatsApp, que prometem desconto no tributo mensal se o pagamento for feito via Pix.
No entanto, a Receita lembra que não envia boletos ou DAS para MEI ou qualquer outra modalidade de empresa por e-mail ou aplicativos de mensagem. Além disso, a instituição não concede descontos em tributos nos pagamentos feitos por Pix.
Conforme comunicado oficial, “a regularização de débitos é realizada exclusivamente no Portal do Simples Nacional ou no Portal e-CAC, por meio de acesso com código de verificação, certificado digital ou conta gov.br”.
QR Code FALSO, MAIS UMA MODALIDADE DE GOLPE DO PIX
Normalmente, o QR Code está disponível em boletos bancários, restaurantes, transmissões de televisão e redes sociais e pode, ainda, ser enviado via aplicativos de mensagem. Segundo a fintech Asaas, no caso das transmissões, o golpe pode acontecer a partir de uma live feita no YouTube.
Funciona assim: os criminosos baixam a transmissão e substituem o QR Code original por uma versão falsa, que direciona o pagamento para contas de bandidos.
Depois, carregam o vídeo em um perfil falso e induzem os usuários a transferirem o dinheiro para essas contas, fazendo-os pensarem que estão efetuando a transação para o influenciador responsável pela live.
Para evitar esse tipo de golpe, a dica é verificar o destinatário com atenção antes de finalizar a operação, mesmo que o QR Code tenha vindo de uma fonte confiável.