Empreendedorismo social inspira boas ideias
26/06/2017 - 15h
Como o empreendedorismo social pode influenciar o mercado?
Empreender não é apenas a arte de gerar um novo negócio com base nos lucros. Vai muito além de se ter uma grande ideia e de autossustentar o projeto. A cada ano que passa, o mercado vem modificando o conceito e criando novas necessidades, como é o caso do empreendedorismo social.
Um híbrido de intervenção governamental e puro empreendedorismo de negócios, o empreendedorismo social une lucratividade com impactos positivos na sociedade, sempre tendo como ponto central a resolução de algum problema social.
Normalmente, o empreendedorismo social foca em um grupo específico de pessoas, com o objetivo de melhorar a qualidade permanentemente. Às vezes, essas mudanças atingem outros nichos sociais, que também compõem as fases desses processos.
“O empreendedorismo social pode mudar a sociedade a partir do momento em que se configura como um modelo de negócios que encara o lucro como resultado de uma utilidade que leva para a sociedade”, explica o Diretor de Marketing e Inovação da ASID Brasil, Luiz Hamilton. A ONG é especializada em dar suporte de gestão para instituições filantrópicas, focadas em pessoas com deficiência mental e física. Além de unir experiências corporativas com atividades sociais.
Cada ano que passa, a preocupação por ter um trabalho que faça a diferença vem crescendo entre os profissionais. A pesquisa da Deloitte mostra que 73% dos millennials se preocupam em ter uma carreira profissional atrelada a um propósito social. Assim, vale ressaltar que o trabalho em troca do salário não inspira a nova geração. Para Hamilton, da ASID Brasil, existem inúmeras possibilidades para unir o lucro empresarial e as ações sociais. ”A visão corporativa traz elementos que, bem aproveitados, podem sim resultar no alívio de problemas sociais”.
E na prática?
Você deve estar se perguntando se na prática esse conceito funciona. Sim, funciona! E muitas empresas sociais estão crescendo no mercado. A efetividade é tanta, que há quatro anos, o Brasil tinha apenas um fundo de investimento voltado para negócios sociais. Nos últimos anos, o país somou mais de vinte, que entre 2014 e 2015, levantaram mais de US$ 100 milhões em investimentos direcionados a empresas de impacto social. O levantamento foi realizado pela Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais, que tem o objetivo de articular uma rede de relações para atrair investidores, empreendedores, governos e parceiros. E ainda aponta que o campo das Finanças Sociais movimentará R$ 50 bilhões ao ano até 2020.