Curiosidades
Entra-e-sai de treinadores: a dança das cadeiras nos clubes do Brasileirão Assaí
Embora uma nova regra tenha sido criada para evitar demissões em série, não é raro ver um técnico de Série A perder o emprego.
Se existe um departamento dentro de um clube de futebol que trabalha tanto quanto o time dentro de campo, sem dúvida, esse é o setor de RH. Afinal, apenas cinco dos 20 times que disputam o Brasileirão Assaí 2021 não trocaram de treinador desde o início do campeonato – isso, é claro, até a 28ª rodada. Por ora, apenas o líder Atlético-MG, além de Fortaleza, Bragantino, Palmeiras e Corinthians mantiveram seus técnicos durante a competição.
Mesmo com a tentativa da CBF de inibir muitas trocas durante o torneio, limitando clubes a demitirem e treinadores a pedirem dispensa, a sanha das trocas não parou. A nova regra estipula que um clube não pode demitir mais do que um técnico durante o campeonato. Contudo, a regra é flexível para clubes e técnicos que entrarem em “comum acordo” pela saída do comandante.
Foram 18 trocas até agora, número elevado, mas distante do recorde histórico de 41 demissões de treinadores no Campeonato Brasileiro de 2003 (detalhe, disputavam a Série A daquele ano 24 clubes, contra apenas 20 da atual edição). No ano passado, por exemplo, foram 28 trocas até a última rodada do Brasileirão.
Em 2021, até agora, Grêmio, Bahia e América-MG se superaram e já trocaram por duas vezes de treinador. O “professor” há mais tempo no cargo entre os times da Série A é Maurício Barbieri, do Bragantino, no clube desde setembro de 2020. Provavelmente, o português Abel Ferreira, do Palmeiras, deve atingir a marca de um ano no cargo – foi anunciado como técnico do Alviverde em 30 de outubro de 2020.
CUIABÁ
Alberto Valentim foi contratado em Abril deste ano e, acreditem, foi dispensado logo na primeira rodada, após empate e 2 x 2 com o Juventude, no fim de maio – ele comandou o Cuiabá em 10 partidas, sete vitórias e três empates, sendo oito pelo Campeonato Mato-Grossense, um na Copa do Brasil e um no Brasileirão Assaí. Valentim foi substituído por Jorginho. O clube alegou que o trabalho do primeiro – que assumiu o Athletico-PR no início de outubro – “não atingiu os objetivos”.
INTER
Contratado em janeiro, o espanhol Miguel Angel Ramirez foi dispensado junto com toda sua comissão técnica depois da segunda rodada do Brasileirão, em que o Fortaleza aplicou 5 x 1 no Colorado. Depois de um semestre de trabalho bem inconstante, Ramirez foi substituído pelo uruguaio Diego Aguirre, que seguia no cargo até a 28ª rodada.
AMÉRICA-MG
A terceira rodada do Brasileirão foi fatal para o treinador Lisca: ele pediu demissão após a terceira derrota seguida (a última um 2 x 0 para o Flamengo) – o Coelho estava sem pontuar havia sete jogos com a equipe. Lisca foi para o Vasco, que disputa a Série B, e, em seu lugar no time mineiro, chegou Vagner Mancini ainda em Junho. Mas este deixou o clube em outubro, na rodada 25, a caminho do Grêmio. Dispensado pelo Juventude, Marquinhos Santos assumiu o comando da equipe mineira.
GRÊMIO
O Tricolor começou o torneio nacional com Tiago Nunes no comando da equipe, contratado em Abril. Mas logo depois da derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, na Arena, em partida válida pela nona rodada, em julho, assumindo a lanterna do Brasileirão Assaí, acabou dispensado. Luiz Felipe Scolari assumiu seu lugar com a missão de tirar o Grêmio das últimas posições, mas também não resistiu aos maus resultados e deixou a equipe em outubro, após a 25ª rodada, ao perder para o Santos por 1 x 0. Vagner Mancini assumiu o posto de Scolari.
FLAMENGO
O clube carioca dispensou em 10 de Julho, depois de oito meses de trabalho, o treinador Rogério Ceni, o então campeão brasileiro com a equipe. Sua saída ocorreu após a derrota para o América-MG por 2 x 1 - em 45 jogos obteve 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas. Foi substituído por Renato Gaúcho, que estava sem clube desde Abril, quando deixou o Grêmio depois de quase 5 anos no Tricolor Gaúcho.
CHAPECOENSE
Jair Ventura chegou à Chape em 2 de Junho e saiu depois de 14 rodadas sem vencer uma partida sequer no Brasileirão (foram 9 derrotas e 4 empates). Quem assumiu em seu lugar foi Pintado, no início de Agosto, mas o retrospecto até a 27ª rodada (13 jogos com Pintado) não melhorou muito: ainda está na lanterna, com 1 vitória, 10 derrotas e 16 empates.
BAHIA
Dado Cavalcanti deixou a equipe em Agosto, depois da 16ª rodada, sem atingir a meta de colocar o Bahia em boa posição na tabela do Braslleirão Assaí. Foi substituído pelo argentino Diego Dabove, que, por sua vez, foi demitido após derrota para o Corinthians, por 3 a 0, na 24ª rodada. Dabove comandou o Bahia em apenas seis jogos (uma vitória, dois empates e três derrotas). Guto Ferreira, ex-Ceará, assumiu o cargo.
FLUMINENSE
Depois de quatro derrotas consecutivas no Brasileirão Assaí, o Tricolor das Laranjeiras dispensou o técnico Roger Machado na 16ª rodada da competição. Marcão assumiu a função e, de imediato, emendou uma sequência de boas apresentações dando novo gás ao time, chegando na zona dos oito primeiros colocados após a 26ª rodada.
SPORT
Umberto Louzer, que subiu a Chapecoense para a primeira divisão na temporada passada, foi dispensado do Leão da Ilha depois de perder por 1 a 0 para o São Paulo, em partida válida pela 17ª rodada do Brasileirão, em meados de Agosto. Quem chegou para ocupar seu lugar foi paraguaio Gustavo Florentin, que segue tentando tirar o time pernambucano da zona de rebaixamento.
CEARÁ
Na 18ª rodada do Brasileirão foi a vez de o treinador Guto Ferreira ser dispensado, no final de Agosto, depois de perder para o América-MG por 2 x 0 - ele era um dos mais longevos, estava no cargo desde março de 2020. Tiago Nunes, vindo do Grêmio, assumiu o posto para tentar deixar a equipe o mais distante possível da zona de rebaixamento.
SANTOS
Embora tenha começado o Brasileirão Assaí a frente do Peixe, o técnico Fernando Diniz não foi o primeiro treinador do time na temporada – o argentino Ariel Holan chegou no início do ano mas não foi longe. Após seis jogos sem vencer, o Santos demitiu Diniz na 19ª rodada, depois de o time perder para o Cuiabá por 2 x 1. Contratou Fábio Carille, que estava na Arábia Saudita, mas ainda não decolou, ficando perto da zona de rebaixamento.
ATHLETICO-PR
Um dos cinco técnicos estrangeiros que começaram a frente de algum time do Brasileirão Assaí, o português Antonio Oliveira não resistiu à sexta partida sem vencer e entregou o cargo após a 19ª rodada do campeonato. O clube contratou Alberto Valentim, demitido pelo Cuiabá na primeira rodada.
ATLÉTICO-GO
Ao fim da 22ª rodada, o treinador Eduardo Barroca perdeu o cargo, ao empatar em 0 x 0 com o Cuiabá, no fim de Setembro – ele assumiu o comando do Dragão pouco tempo antes do início do Brasileirão Assaí, no lugar de Jorginho. O clube alegou que queria mudar a filosofia de trabalho de Barroca e quem assumiu interinamente foi Eduardo Souza, que trabalha na comissão técnica permanente da equipe.
SÃO PAULO
No clube desde Fevereiro de 2021, o argentino Hernán Crespo foi campeão paulista, tirando o time da fila quase 10 anos sem títulos, mas teve uma série de resultados ruins que encerraram precocemente sua trajetória no Tricolor, na metade de Outubro, após a 25ª rodada, em que o time empatou em 0 x 0 com o Cuiabá. Pela segunda vez na história, quem assumiu o posto foi o ex-jogador e ídolo são-paulino Rogério Ceni (que iniciou carreira de treinador no time, em 2017), dispensado pelo Flamengo em Julho.
JUVENTUDE
O Juventude anunciou a saída do técnico Marquinhos Santos menos de 24 horas após a derrota para o Grêmio, por 3 x 2, na 27ª rodada, resultado que empurrou o time para a zona de rebaixamento. Foi a quinta partida sem vitória seguida da equipe. Jair Ventura, que havia deixado a Chapecoense em Agosto, foi anunciado como novo treinador do time gaúcho.
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